Olá, caros leitores. Neste artigo irei apresentar a ideologia do anarquismo de livre mercado – de uma maneira mais profunda. Resumidamente, o anarcocapitalismo consiste em uma filosofia política liberal, cujo seu ponto forte, é defender o direito da soberania de cada um através da propriedade privada e do livre mercado. Porém, existe uma questão mais profunda e filosófica no anarcocapitalismo e, por isso, é bastante importante conhecer mais sobre a ideologia antes sequer formular uma opinião sobre.

Do que se trata o anarcocapitalismo?

O anarcocapitalismo surge como uma contrariedade ao estado. Sendo contráriamente estatal em, por exemplo:

• Interferência – direta ou indireta;
• Controle – qualquer tipo de controle que o estado tente impor.

E esta ideologia defende, explicitamente, o sistema de livre comércio – que daí surge o termo anarquismo de livre mercado.

Primeiros passos do anarcocapitalismo

A ideologia anarcocapitalista surgiu através do movimento liberal, sendo também, influenciada pela ideologia anárquica e a Escola Austríaca. Os “primeiros passos” da ideologia anarcocapitalista foram surgindo no século XX. O nome cujo teorizou o anarcocapitalismo foi Murray Newton Rothbard, economista nascido no ano de 1926 e falecendo no ano de 1995.

O que defende?

O anarcocapitalismo defende a soberania do indivíduo e, como citado acima, a interferência ou controle do estado nos indivíduos. No anarcocapitalismo, o estado é enxergado como um executor da própria violência e controle – seja ideológico ou comportamental – do indivíduo. Também segundo o anarcocapitalismo, o estado é contra os direitos pessoais, pois através de seus poderes vindos da política, interferem diretamente na vida dos indivíduos em quesitos econômicos e pessoais.

O anarcocapitalismo também acredita que todos os indivíduos já chegam ao mundo com direitos naturais da vida, cujos são:

• Direito à vida (auto-propriedade);
• Direito à propriedade privada – só se tem uma propriedade se houver trabalho do indivíduo para tê-la;
• Direito de não-agressão – a população anarcocapitalista é conta a violência incitada por outros indivíduos ou pelo próprio estado;

Como seria uma sociedade anarcocapitalista

Para saber como seria um anarcocapitalismo implantado, é preciso entender o anarcocapitaslismo na prática através dos pilares, segundo o professor Antony Mueller. Os pilares são bastante importantes pois, são eles, que darão base para a formulação da sociedade anarcocapitalista, de maneira em grande escala – que seria implantado em uma sociedade, por exemplo.

Implementação

Como a ideologia anarcocapitalista não defende a agressão, não seria possível implantar o anarquismo de livre mercado através da força – ou até uma revolução imediata, por conta das consequências – então, a única maneira do anarcocapitalismo tomar força seria por conta da população. Ou seja, a própria população teria de “abrir os olhos” e enxergar que estaria sendo manipulada pelo estado e, assim, o anarcocapitalismo tomaria palco.

Demarquia

A ideologia anarcocapitalista defende a extinção das classes políticas e a escolha do nome que iria representar os cidadãos seria “por um acaso”. Esta escolha seria mais ou menos como um sorteio, cujo termo denominado à este sorteio é Demarquia. Os representantes que ganhariam o sorteio iriam formar a chamada Assembleia Legislativa.

O papel desta assembleia é contratar empresas privadas e cuidar dos sistemas de educação, saúde, transporte entre outros.

Os benefícios citados através deste sorteio, denominado Demarquia, são:

• Isenção de partidos – não seria preciso partidos políticos nem filiação aos mesmos;
• Candidatura de pessoas comuns – você e eu, por exemplo;
• Curto período dos representantes – os representantes escolhidos no sorteio ficariam pouco tempo presidindo o cargo ganhado e, logo após acabar seu “mandato”, seguiria sua vida normalmente.
• Gastos políticos – com a demarquia, haveria muitas economias de gastos pois, sem partidos, não seriam dado aos partidos as tão famosas “verbas partidárias”.

Instituições privadas

Como a ideologia anarcocapitalista defende a extinção do estado, as instituições privadas teriam um papel bem relevante na sociedade. As instituições privadas iriam ser responsáveis pelos sistemas de educação, saúde, segurança, judicial entre outros – isso sem a cobrança de impostos ou alguma balela estatal de, por exemplo, “política de preços”. Isso garantiria um bom serviço pois, a empresa que oferecer melhor preço e mais relevância no segmento, iria ser a maior. Ou seja, haveria uma grande competição no mercado para todas as empresas fazerem o máximo possível para atrair os clientes, assim, havendo baixo custo e alto rendimento ao comprador do serviço. E é isso que a teoria anarcocapitalista diz: a competição por clientes produz serviços baratos e de qualidade.

Segundo a ideologia, não haveria cobração de impostos. Sendo assim, os salários líquidos iriam subir; preços de bens ou serviços, cair. Isso resultaria em uma riqueza geral da população anarcocapitalista. A ideologia anarcocapitalista diz que o estado não deixa que os indivíduos produzam sua própria riqueza, sendo assim, não é possível o acesso à população do capitalismo genuíno.

Anarquismo e Anarcocapitalismo são o mesmo?

Muitas pessoas se confundem com os termos Anarcocapitalismo e Anarquismo e, até, alguns acham que são a mesma coisa. Os dois apesar de serem parecidos, possuem diferenças significantes.

O anarquismo é do “meio” político e filosófico. O anarquismo na política age de maneira significativa, ou seja, o anarcocapitalismo na política é igual a ativismo. A parte mais profunda do anarquismo, que seria a filosófica, acredita fortemente na mudança ideológica geral da população e, também, privatizações. Estas privatizações seriam de suma importância, tanto para eficácia do serviço, quanto à colaboração da base do anarquismo: as empresas privadas.

Dois tipos do anarcocapitalismo

Para muitos que não sabem, o anarcocapitalismo se divide em dois termos: gradualistas e brutalistas.

Os gradualistas apoiam privatizações e redução de cobrança de impostos de maneira gradual, ou seja, diminuir o estado – ou seu poder – não de imediato, e sim, gradativamente.

Brutalistas apoiam a extinção do estado e as ideias da ideologia anarcocapitalistas de maneira imediata, ou seja, o oposto da forma gradualista.